ASEAN News #25: Procurador do TPI pede prisão contra líder militar de Mianmar
Feito Por: André Assis Sales Dias, João Mateus Paiva Silveira e Valter Peixoto
1- ASEAN
A DW fez uma matéria muito legal sobre o crescimento de líderes militares na região. Hoje, quase metade dos países tem como líder ex-generais ou regimes militares. Confira!
2- BRUNEI
Brunei e Malásia promovem laços educacionais! Os ministros de educação de ambos os países trocaram visitas e elogios públicos, em nota oficial disseram “Ambas as partes expressaram esperança de colaboração contínua, particularmente no avanço de iniciativas educacionais, no aprimoramento da língua malaia e no fomento de laços mais estreitos entre os dois países no campo da educação”
3- CAMBOJA
Há no Camboja uma espécie de nacionalismo reativo, para não usar temos que se encaixam mais na história ocidental como “chauvinista”. Devido ao fato de ter sido dominado por vizinhos maiores, parece que a única forma de se encontrar no mundo é através de valores negativos, ou seja, com base no que não querem, não concordam, não desejam. Essa reflexão será aprofundada no próximo podcast, que deve sair esse final de semana. O ponto é que, após sair do acordo trilateral com Laos e Vietnã, agora o Camboja aumentou o tom contra a Tailândia. Grupos nacionalistas da vizinha fomentam a necessidade de reverem acordos feitos em 2001 sobre limites marítimos, e o Camboja parece responder no mesmo tom.
4- FILIPINAS
A Praia de Entalula em Palawan, Filipinas, foi coroada a melhor praia da Ásia e quarta melhor do mundo pela revista “World’s 50 Best Beaches list”. A descrição do local pela revista é a seguinte: Acessível apenas de barco, a viagem para Entalula adiciona um toque aventureiro, recompensando os visitantes com um ambiente tranquilo e oportunidades de mergulho extraordinárias em meio aos seus vibrantes recifes de coral.
5- INDONÉSIA
Os indonésios foram para as urnas essa semana no maior pleito da história do país, pela primeira vez governadores, prefeitos e cargos menores que não possuímos no Brasil como “regentes”, uma espécie de “chefes locais” serão escolhidos no mesmo pleito, são mais de 1.500 candidatos em mais de 500 regiões administrativas. Os resultados provisórios mostram que a Coalizão Indonésia Avante de Prabowo Subianto vencerá nas principais províncias, mas a oposição deve vencer na capital Jacarta. Nessa, o PDI-P, maior partido do país e partido dos dois mandados de Jokowi deve levar.
O presidente da República da Indonésia, Prabowo Subianto, recebeu calorosamente o primeiro-ministro de Cingapura, Lawrence Wong, durante sua visita ao Palácio Merdeka, em Jacarta. O Presidente Prabowo expressou sua apreciação pela visita do Primeiro-Ministro Wong e destacou a cooperação de longa data entre a Indonésia e Cingapura, tanto bilateralmente quanto por meio da estrutura da ASEAN. Ele observou que os dois países compartilham visões semelhantes sobre questões regionais importantes, particularmente em relação à paz, estabilidade e prosperidade no Sudeste Asiático. Já o Primeiro-Ministro Lawrence Wong expressou sua gratidão pela calorosa recepção do Presidente Prabowo e do governo indonésio. Ele também notou o significado especial desta visita, pois marcou sua primeira visita oficial de estado sob a liderança do Presidente Prabowo.
6- LAOS
Seis turistas morreram no país por provável mistura de álcool com metanol em um ponto turístico importante do país. O governo agora age rapidamente para mostrar ao mundo que é um país seguro e que foi um ato isolado. O Laos como um país pequeno e sem saída ao mar, precisa do turismo, assim como de exportação de energia hidrelétrica para sobreviver. Por ser pouco badalado ele vira notícia apenas quando algo negativo surge, no momento é sua dependência financeira á China e suas contas desequilibradas. O país agora diz que vai buscar e punir seriamente quem vendeu essas substancias. O metano é usado como uma forma barata de deixar bebidas com maior teor alcoólico. Vários países na Ásia têm tido mortes por esse motivo, mas o Laos é especialmente impactado por isso.
7- MALÁSIA
O país assume a presidência da Asean agora em janeiro, recomendamos um podcast que entrevista um político malaio que já foi vice ministro do comércio e da indústria. Uma conversa interessante que vai desde o conceito de “Madani” do governo, que já repercutirmos aqui até a difícil entrada do Timor-Leste no bloco em 2025, segundo ele, a questão econômica está resolvida, a política que está complicada. Entre outros motivos, sempre destacamos como Mianmar tem se incomodado com as críticas que o Timor tem feito ao país em seu tratamento com minorias étnicas, o Timor de certa forma se vê nessas populações minoritárias.
O economista Paulo Gala publicou um resumo da Petronas, empresa malaia produtora de petróleo que é a 10º maior do mundo, ficando logo atrás da Petrobrás.
8- MYANMAR
Promotor do TPI pede mandado de prisão para líder militar de Mianmar por crimes cometidos contra o grupo minoritário Rohingya. Em seu pedido de mandado, o promotor-chefe do TPI, Karim Khan, alegou que o general sênior Min Aung Hlaing “tem responsabilidade criminal pelos crimes contra a humanidade de deportação e perseguição dos Rohingya” em Mianmar e partes de Bangladesh entre 25 de agosto e 31 de dezembro de 2017. Como resultado da violência, o TPI estimou que mais de um milhão de rohingyas foram deslocados à força de Mianmar — muitos fugindo para o vizinho Bangladesh. A investigação, que está em desenvolvimento desde 2019, implica “as forças armadas de Mianmar, o Tatmadaw, apoiadas pela polícia nacional, a polícia de guarda de fronteira, bem como civis não-rohingya”. Em 2020, o Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) promulgou medidas provisórias obrigando Mianmar a impedir atos de genocídio contra os rohingya.
A China foi questionada sobre sua neutralidade na guerra civil de Mianmar. Nessa semana o país prendeu o líder do MNDAA(Myanmar National Democratic Alliance Army), Peng Daxun, em Yunnan. Segundo a Radio Free Asia, ele está sem prisão domiciliar na província chinesa como forma de forçar seu grupo a se retirar de Lashio, a maior cidade do estado de Shan, ao norte do país e símbolo de uma das maiores derrotas da história da juntar militar.
Documentos vazados obtidos pelo Myanmar Now indicam que a China está aumentando seu apoio financeiro e político ao regime. Segundo esses documentos, Pequim dará à junta de Mianmar 1 bilhão de yuans (aproximadamente US$ 138 milhões) em ajuda para eleições e outros projetos.
9- SINGAPURA
Em suas redes sociais, o primeiro-ministro, Lawrence Wong, postou que teve uma reunião produtiva com a Primeira-Ministra tailandesa, Paetongtarn Shinawatra, em sua primeira visita oficial ao país. Segundo ele, as conversas giraram em torno de aprofundar laços e expandir as oportunidades de cooperação, ano que vem fará 60 anos de relações entre os dois países e ele já a convidou para Singapura para uma celebração formal.
O presidente Xi Jinping se encontrou com o ministro sênior de Cingapura, Lee Hsien Loong no contexto do aniversário de 30 anos do lançamento do Parque Industrial de Suzhou (SIP). O SIP, iniciado pelo Sr. Lee Kuan Yew, transformou terras agrícolas baixas em um centro de inovação. Ano que vem fará 35 anos do retorno das relações bilaterais entre China e Singapura.
Singapura garantiu o terceiro lugar globalmente na proficiência inglesa de acordo com a pesquisa de 2024 realizada pela Education First, mantendo a sua posição como líder linguístico na Ásia. Apesar de ter descido do segundo lugar nos anos anteriores, Singapura continua à frente de outras nações asiáticas, com as Filipinas e a Malásia perdendo na categoria alta Proficiency.
10- TAILÂNDIA
GÊNIOS DA IMIGRAÇÃO! Youtuber tailandesa com quase 1 milhão de seguidores deu golpe e fugiu pra Indonésia com um passaporte falso, mas na imigração acharam o sotaque dela muito estranho e mandaram ela cantar o hino nacional. Como obviamente ela desconhecia, foram identifica-la. Agora ela será extraditada para seu país de origem.
11- VIETNÃ
O Fulcrum publicou uma matéria muito boa sobre investimentos chineses no Vietnã e como eles devem se precaver de futuras sanções , ou mesmo afastamento de empresas americanas ao aceitar uma enxurrada de investimentos chineses. Atualmente a China é o segundo país que mais investe no Vietnã, se desconsiderar Hong Kong, o quarto. Atrás de Coreia do Sul, Japão e Singapura. O problema é que já se sabe que desse investimento em Singapura, muito vem de Pequim através de terceiros, além de diversos paraísos fiscais pelo mundo. Vale a pena ler a matéria inteira!